Maria Eduarda

Essa princesinha é minha cachorrinha.
É um dos mais lindos presentes que Deus já me deu.
Fiel, companheira, ouvinte silenciosa e muito amorosa.
Ela chegou em minha vida num momento muito difícil. Quando minha mãe foi internada.
Muitas vezes me agarrei a Maria Eduarda e chorei. E ela, sempre quietinha e se deixando abraçar como se realmente soubesse o quanto eu precisava daquilo.
Quando estamos tristes, muitas vezes não queremos conselhos ou que comprem nossa briga, queremos colo, silêncio e amor e isso um cão sabe fazer como ninguém.
No dia 8 de fevereiro, ela fez 8 anos. Agora ela é uma jovem senhora.
Poucos dias depois, num daqueles momentos de mimo e carinho eu encontrei um cisto em uma das suas mamas. Fiquei apavorada!
No dia seguinte, no primeiro horário da veterinária, já estávamos lá, eu e o Eduardo, como "pais"assustados e preocupados com a saúde da pequena.
A veterinária muito segura disse imediatamente: "Temos que tirar para mandar para a biópsia".
Aproveitando a oportunidade, sugeriu que ela fosse castrada para evitar problemas futuros.
Marcamos então, a cirurgia para o final da mesma semana.
Se meu coração já havia ficado apertado com a surpresa do cisto, com a certeza da cirurgia ele ficou completamente esmagado.
Chorei p/ valer um dia antes, o dia d e o dia seguinte. Um horror!
Gente, quando fui buscá-la após a cirurgia, ela estava acabada, os olhinhos murchos e lacrimejando. Mole, mole. E um corte enorme na barriguinha.
Mesmo assim no meio daquele estado completamente grogue da anestesia, ela me sorriu com um ladinho só da boca. Desabei de vez.
Naquela noite acordei a cada meia hora. Era só ela se mexer e eu já estava de prontidão.
Meu marido foi muito especial como sempre. Esteve o tempo todo comigo cuidando dela e de mim. Ele disse uma coisa engraçada: "Isso é um tremendo treinamento para o que vem pela frente".
Imagine só, eu, mãe...
Foram dez dias de recuperação dela e meu. Tive que mudar minha mesa do escritório para casa. Ela não podia ficar sozinha.
Mesmo operada e cheia de pontos, ela estava linda disfarçada de abajur.
Mas se comportou como uma mocinha madura. Não deu grandes trabalhos.
Dias muito difíceis.
O pior mesmo é a distância das pessoas que me amam.
Mas mesmo assim, elas se fizeram presentes a distância. Obrigada a todos que me ligaram, se preocuparam com ela e comigo e demonstraram seu amor. Pude sentir segura e amparada para enfrentar qualquer imprevisto.
Um cachorrinho é como alguém da família e nesse caso é como um filho.
Foi um tempo muito difícil, mas de um aprendizado tremendo.
Agora ela está ótima!
Fofuchinha, eu te amo muito e você é realmente muito, muito importante para mim.
Obrigada por existir!
GOOD IS SO GOD!!!